Nos últimos três textos, contamos um pouco sobre os nossos encontros com guias turísticos ao longo de quase um ano na série “Boas práticas de guias locais”. Por um lado, os guias conseguem, de maneira individual, mostrar muitas coisas, dar excelentes dicas e até mesmo economizar dinheiro para os contratantes. No entanto, em algumas situações, estamos lidando com experiências que podem se estender por mais de um dia, requerendo uma estrutura robusta, grandes deslocamentos e uma equipe que, por vezes, deve ser bem maior do que apenas um guia ou um guia e um motorista. É nessas ocasiões que um operador turístico entra em cena, trazendo consigo uma escala capaz de oferecer algo mais do que apenas um guia pode proporcionar.
Confira, a seguir, as nossas experiências pelo mundo, mais precisamente na Ásia!
Vrindavan e Matura (Índia)
A Índia é um destino que requer planejamento e, no nosso caso, optamos por fazer toda a viagem pelo país com uma agência de viagens, sem nos preocuparmos com hospedagem e deslocamentos. Porém, ainda é possível visitar parte do país por conta própria e explorar algumas cidades específicas com a ajuda de operadores de turismo.
Vrindavan e Matura, cidades vizinhas de grande importância espiritual para o hinduísmo, estão localizadas a aproximadamente 200 quilômetros da capital Nova Delhi e a 50 quilômetros de Agra. É uma distância consideravelmente longa, mas super possível para um bate-volta.
Vrindavan, em particular, é uma cidade de imensa importância por ser o local de origem de uma das deidades mais populares, Lord Krishna. A cidade abriga dezenas de templos e locais interessantes para visitação. Dentre eles, destacamos o Sri Sri Krishna Balaram Mandir, que é a sede do ISKCON (Sociedade Internacional da Consciência Krishna, em inglês), também conhecido como o movimento Hare Krishna. O próprio fundador do movimento, Srila Prabhupada, foi responsável por construir esse templo e é nesse local que os devotos do movimento se reúnem nas tardes para cantar e dançar o conhecido mantra Hare Krishna. As cores, sons e danças hipnotizam e impactam completamente todos que lá adentram com o espírito leve.
Definitivamente, vale a pena conhecer a Índia além de Nova Delhi e Agra.
Halong Bay (Vietnã)
Algumas experiências são simplesmente os principais pontos turísticos de um determinado país. A Baía de Halong, no Vietnã, é um desses casos. Parece meio óbvio afirmar que uma atração tão popular e procurada pelos turistas, reconhecida como patrimônio natural pela UNESCO e considerada uma das sete Maravilhas Naturais do Mundo, seja incrível. Mas mesmo com tanta procura, fazer um cruzeiro em Halong Bay oferece, além das vistas maravilhosas das rochas altas cobertas por florestas verdes, cavernas e águas azuis, uma sensação de tranquilidade e paz, apenas interrompida pelas inúmeras atividades opcionais e refeições disponíveis.
A agência responsável pela organização do passeio coordena o deslocamento da capital Hanói até a costa, onde é feito o embarque em um ferry boat que leva até o cruzeiro responsável pelo deslocamento pela baía. Todas as refeições, desde o almoço do primeiro dia até o brunch no dia seguinte, são intercaladas por uma programação que inclui natação, caiaque, passeio de canoa, happy hour, aula de culinária vietnamita e uma vista espetacular dos quartos. Até loja de conveniência na água a gente experimenta, com uma vendedora ambulante e sua canoa encostando ao lado do navio e oferecendo chocolates, cervejas, vinhos e refrigerantes a preços mais em conta que os da embarcação.
Halong Bay, um dos cartões postais mais famosos do Vietnã, é também um ponto obrigatório para um roteiro no país.
No próximo texto, algumas das experiências pelo mundo que vivemos no Laos e nas Filipinas e que mostram que, mesmo nos países mais pobres do mundo, a indústria do turismo e a hospitalidade conseguem transformar um lugar e oferecer momentos fantásticos.
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