Começa cedo um dia de visita ao complexo de Angkor em Siam Reap, no Camboja. O alarme do celular tem que ser marcado para pouco antes das 4 horas da manhã. O dia comprido e madrugador se dá por alguns motivos que nos ajudarão ao longo do texto a contar a história dessa experiência iFriend no enorme complexo de Angkor, onde 1 milhão de pessoas chegaram a viver na antiga capital do Império Khmer Angkor Thom quando Londres, por exemplo, era ainda uma pequena cidade de 50 mil habitantes.
Às 4h da manhã, encontramos com o guia iFriend Bunleap na porta do nosso hotel, onde ele e seu motorista de tuk tuk já estavam nos esperando. O horário estratégico é para o deslocamento e compra do ticket ainda antes do nascer do sol, que será frente a frente com o Angkor Wat, o maior templo religioso do mundo, símbolo maior do Camboja.
Pouco é possível colocar em palavras sobre a realidade de aguardar e acompanhar essa quase uma hora em frente a um cenário tão impactante, poderoso e perfeito. Em frente ao templo, duas piscinas artificiais, mas que parecem realmente lagos. Tamanha a inserção de seu cenário ao ambiente fornecem um anteparo ideal para uma fotografia espelhada.
Já com o dia claro, adentramos o Angkor Wat para aprender com Bunleap, que fala português, sobre Vishnu, o deus hindu da destruição para quem o templo foi construído. Lá dentro, encontramos figuras não de Vishnu, Brahma ou Shiva, as maiores divindades hindus, e sim de Buda. Alguns séculos depois, o budismo se tornou a religião predominante do reino Khmer e os templos foram todos convertidos de hindus para budistas.
Após algumas horas percorrendo e entendendo cada pedaço de Angkor Wat, a fome começa a apertar. Então, Bunleap e seu fiel escudeiro nos conduzem até um restaurante para tomar o café da manhã, dentro do complexo. E aí, a diferença entre Ocidente e Oriente se acentua: enquanto pedimos o “Café da Manhã continental”, Bunleap e o motorista vão de pratos de macarrão com frango e legumes.
Já são perto de 9h30min quando terminamos o nosso café e começamos a nos dirigir até mais um templo. Mais um dos motivos de começar às 4h da manhã fica cristalino: o calor do Camboja. Imagina se não tivéssemos acordado tão cedo! Se estivéssemos rodando há quase seis horas direto nessa temperatura que começava a fazer com o sol quente que fazia nesse dia de novembro, com certeza não aguentaríamos nem metade do nosso dia. Nosso guia, felizmente, fornece água gelada e toalhas molhadas para refrescar a cada retorno ao tuk tuk depois de visitar cada templo.
Chegamos então a Angkor Thom. Os portões de entrada chamam muito a atenção, com representação monumental do mito antigo do Chacoalhar do Oceano, quando deuses e demônios brigavam pra obter o elixir da vida eterna. Dentro de Angkor Thom, o templo Bayon é o mais famoso, conhecido como “templo das faces”, por conta de mais 200 faces talhadas na pedra, com seus olhares enigmáticos.
É muito impressionante ouvir as histórias contadas por Bunleap e enxergá-las, mesmo com a força do Tempo e da Natureza tendo feito tudo para tomar conta dessas obras arquitetônicas impressionantes. O templo Ta Prohm, nossa última visita do dia, já perto das 14h é o grande exemplo disso. Pedaços de pedra espalhados ainda são reconstruídos depois de séculos de abandono ao mesmo tempo em que as raízes de árvores continuam crescendo por dentro das estruturas de pedra. A fome e o calor terminam de nos consumir e encerramos, depois de cobrir pelo menos os templos mais importantes, mas nem de longe todos.
Visitar os templos de Angkor é uma experiência única e que deve ser bem planejada por quem conhece. Contratar Bunleap foi uma ótima decisão, olhando para tudo o que vivemos nesse dia. Tendo visto tudo o que era mais importante, pudemos voltar no dia seguinte e apreciar com calma os templos mais legais, já que o nosso ticket era válido por dois dias.
Se você está indo para o Camboja e pretende contratar um guia local que fala português, o iFriend oferece algumas opções para você. O próprio Bunleap está lá te esperando.
iFriend. Find a Friend. Enjoy the ride.
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