Neste post você compreenderá como o Turismo Sustentável e o Turismo Regenerativo podem contribuir para o crescimento do turismo como um todo, sem afetar diretamente a natureza.
Com o impacto promovido pelo turismo de massa ao longo de décadas, surge a necessidade de se repensar toda a cadeia produtiva e de serviços, de tal maneira que não haja maiores danos ao planeta e aos lugares que ainda se mantem preservados.
O advento da pandemia de Covid 19 trouxe novas reflexões sobre a necessidade de repensar o turismo e forma com a qual dispomos dos recursos do meio-ambiente. Direta ou indiretamente, nossas ações repercutem significativamente na dinâmica do meio onde interagimos.
Entretanto, há dois tipos de turismo ainda pouco relacionado no Brasil: o Turismo Sustentável e o Turismo Regenerativo.
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O que é Turismo Sustentável
Turismo Sustentável é uma maneira de viajar e descobrir um destino, onde a cultura, o meio ambiente e as pessoas são respeitadas, preservando tradições locais e recursos naturais e tendo como protagonistas as comunidades residentes.
No turismo sustentável, geralmente, o viajante opta por experiências de viagem mais orgânicas, nas quais se pese a conservação dos recursos renováveis como aquecimento e iluminação solar, adubação por meios orgânicos, reaproveitamente da água, geração de renda para as comunidades locais, bem como a aquisição e manutenção da cultura local através da valorização de suas artes e modos de viver.
O que é o Turismo Regenerativo?
O Turismo Regenerativo leva em consideração a relação do homem consigo mesmo, com o outro e com a natureza propondo uma mudança de valores que vai além da minimização de danos, proposta pela sustentabilidade. Não se trata só de preservar, mas recuperar, resgatar e regenerar os diversos impactos negativos já causados para os ecossistemas, culturas e indivíduos pela atividade turística de massa.
Assim, temos, por exemplo, a escolha de lugares onde a ação impactante do homem possa ser diminuída através dos esforços dos próprios visitantes como:
- A intervenção direta dos visitantes nas ações de revitalização de espaços;
- Pensar o turismo de forma responsável, adotando soluções locais para questões globais e também para os processos únicos da vida em cada destino.
- Conscientização e promoção de ações continuas que valorizem as experiências locais – por exemplo: você vai conhecer uma comunidade de pescadores, interage com os pescadores durante a pesca, ajuda a trazer o peixe, participa do processo de limpeza, adquire o peixe e participa do processo de elaboração do prato, pelos próprios caiçaras.
- Fortalecer a capacidade dos sistemas que sustentam a vida do lugar, para que eles se desenvolvam junto com suas comunidades.
- Outra tendência muito marcante no turismo regenerativo é o conceito de “rewilding” um retorno às origens da mata original e das vocações iniciais de determinada comunidade. O rewilding visa não apenas a permanência dos habitantes vivendo, sendo produtivos em sua terra natal, mas ajudando no reflorestamento e no desenvolvimento de habilidades pertinentes e tradicionais do lugar.
Isso acontece em algumas comunidades do interior de Minas Gerais, onde as ações de turismo local estão associadas diretamente com a manutenção e geração de renda de agricultores e pequenos proprietários de terras que obtém parte de sua renda através da comercialização de seus produtos manufaturados e artesanais, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento da comunidade local e beneficiando o meio ambiente.
Tais características nos impulsionam a conhecer mais sobre novas possibilidades para o futuro, com ações de preservação e equilíbrio entre consumo material e recursos não-renováveis, são experiências que vão além de uma simples viagem, consistindo numa aprendizagem para a vida.
Ou seja, enquanto no ecoturismo e no turismo sustentável você vivencia por alguns dias atividades e experiências na natureza, o turismo regenerativo é uma forma de imersão na cultura e nos valores das comunidades visando não apenas o seu próprio lazer, mas uma forma raciocinada de pensar no futura mais distante.
Afinal de contas:
”Quando o último rio secar, a última árvore for cortada e o último peixe pescado, eles vão entender, que dinheiro não se come.” (Carta do cacique Seattle)
Veja também: Novas definições de turismo no pós-pandemia
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