Primeiro, vamos entender o que seria um turismo comunitário, também chamado de turismo de base comunitária. É classificado como um tipo de turismo no qual a comunidade local organiza atividades inclusivas com os visitantes.
Pode ser comparado com uma espécie de guia de turismo local. Dependendo da localidade, o guia pode oferecer aos viajantes experiências como: ensinar a pescar, conhecer a vida na roça, oferecer hospedagem, comida típica local, etc. Vale lembrar que todos os recursos adquiridos através do turismo comunitário volta para as próprias comunidades, como uma forma de dar continuidade a este trabalho, impulsionando a melhoria da qualidade de vida e aumentando a captação de recursos.
Depois de entendermos do que se trata esse tipo de turismo, vamos dar uma olhada nos lugares mais indicados para fazer esse tipo de turismo com segurança, conforto e diversão.
Vale do Jequitinhonha (MG)
Apesar de ser uma das regiões mais pobres, economicamente falando, no Vale do Jequitinhonha vivem diversas mulheres talentosas que decidiram fazer de sua arte seu principal ganha-pão.
Já faz alguns anos desde que elas começaram a receber visitantes e apresenta-los suas histórias, tradições e seu dia-a-dia. Durante a experiência, os turistas podem aprender o processo de confecção da cerâmica bem como se hospedar na casa das ceramistas, podendo experimentar o melhor da culinária caipira.
Outra manifestação cultural muito encontrada nessa região do Vale são os encontros entre bandas de taquara dos municípios de Minas Novas, Capelinha e Angelândia. Nessas reuniões o turista poderá participar de oficinas de dança, aprender a confeccionar instrumentos musicais, rodas de conversa além das feiras de artesanato que sempre surpreendem embora seja um local simples.
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Alter do Chão (PA)
Conhecido por muitos turistas internacionais como o Caribe da Amazônia, a cidade paraense chegou a receber, no ano de 2018, cerca de 190 mil turistas.
Consideramos Alter do Chão como o lugar ideal para pessoas que amam praias paradisíacas e que buscam passeios de barco em praias, rios, lagoas, florestas, comunidades ribeirinhas, igapós, igarapés e canais que são o compêndio da beleza desta região.
Os pontos turísticos noturnos de Alter do Chão são, sem dúvidas, os restaurantes localizados na vila onde podemos experimentar algumas das iguarias locais.
Para encerrar o dia da melhor maneira, vale muito a pena investir em uma noite sob as estrelas numa praia deserta ou apenas aproveitar o balançar calmo das redes nas comunidades ribeirinhas.
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Ilhabela (SP)
Localizada na Baía dos Castelhanos e possuidora de um charme comum entre as cidades pequenas, a pequena Ilhabela tornou-se um dos destinos mais procurados de todo o Literal Norte tanto por turistas nacionais, quanto por turistas internacionais. Isso de dá pela junção das belezas naturais de suas montanhas e praias formando, de certa maneira, um belíssimo quadro.
Ao longos das quarenta praias ao redor da ilha principal, vivem diversas comunidades tradicionais caiçaras que vivem por lá há décadas e se sentem orgulhosos de sua cultura.
Nos últimos anos essas comunidades tomaram a decisão de se unirem e formarem uma espécie de núcleo turístico e lançaram o projeto Turismo Comunitário dos Castelhanos, oferecendo trilhas guiadas, oficinas de artesanato e muitas conversas à cerca da história local, passeios de barco e, além disso, oferecem também hospedagem e culinária local.
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Chapada Diamantina (BA)
Através de expedições ecoturísticas, será possível conhecer os riquíssimos biomas da Chapada Diamantina, como também pessoas incríveis e auxiliar no desenvolvimento econômico da comunidade baiana.
Através de um dos muitos passeios, os turistas poderão conhecer diversos assentamentos, tais como:
- Assentamento Rosely Nunes: Esse é o assentamento mais antigo de Itaetê. Lá conheceremos uma casa de farinha comunitária. O local também abrigava a brigada de combate e prevenção a incêndios florestais do IBAMA. Deste assentamento os turistas conseguem se deslocar para as cachoeiras do Roncador, Herculano e Bom Jardim (Localizadas no Parque Nacional da Chapada Diamantina).
- Assentamento Baixão: O local possui uma pousada comunitária e uma equipe de jovens empreendedores trabalhando na fabricação de alimentos derivados do aipim. Além disso, o local conta com uma diversidade enorme de produtos agrícolas como: milho, banana, melancia, batata doce, amendoim e laranja.
- Assentamento Europa e povoado da Colônia: Aqui poderemos fazer uma visita a uma fábrica artesanal de rapadura orgânica e conhecer a casa de Jarê: religião de matriz africana presente exclusivamente na Chapada Diamantina.
Muitos turistas relatam que, mesmo que estejam longe de casa, a Chapada Diamantina é capaz de proporcionar um sentimento familiar de acolhimento e ainda assim ser recebido como uma visita especial.
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Parelheiros (SP)
Localizado na zona sul de São Paulo, o grande distrito de Parelheiros tem boa parte de sua extensão coberta por reservas ambientais da mata atlântica. Além disso, encontra-se também a aldeia indígena guarani Tekoa Krukutu.
Através de uma visita guiada à essa extensa região poderemos descobrir uma nova São Paulo. Encontraremos projetos sociais desenvolvidos por cidadãos locais tais como a Ecoativa: um centro eco cultural localizado na Ilha do Bororé, às margens da Represa Billings, extremo sul da capital.
Os visitantes podem também ajudar a equipe Meninos da Billings: ONG criada e desenvolvida para a preservação, reciclagem e defesa dos entornos da represa Billings, também oferece experiências completas de turismo como a Remada da Quebrada, um projeto que concilia a preservação ambiental do entorno da represa e a convivência com menores. A família responsável pelo projeto pretende ainda criar novos projetos ambientais como também dar continuidade aos trabalhos anteriores.
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Como pudemos perceber, há diversos locais para fazer turismo comunitário e muitas maneiras diferentes de fazer parte da rotina local de pessoas simples e receptivas e que esbanjam conhecimentos que nem imaginamos!
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