Seguindo as histórias e relatos dos nossos encontros com iFriends ao redor do mundo, fomos ao continente dos contrastes e encontramos muitos guias locais. Em geral, são dois os perfis de guias que vimos na Ásia. Como na Europa, encontramos brasileiros que imigraram e encontraram na iFriend uma oportunidade para mostrar seu conhecimento sobre a nova cidade e conhecer novas pessoas. O outro tipo que foi muito comum ver foi o de estrangeiros, que diferentemente da Europa, já estão mais inseridos no mercado do turismo e aprenderam português não de maneira acadêmica, mas autodidaticamente, utilizando principalmente a internet.
Começamos com o Murilo, brasileiro que foi nosso guia numa experiência noturna por 4 horas num tuk tuk em Bangkok, na Tailândia. Foi a primeira vez também que fizemos um passeio com a iFriend de maneira não exclusiva, ou seja, conosco também estava um casal que visitava Bangkok no mesmo dia.
O Murilo tinha na iFriend uma atividade secundária, que realizava apenas nos períodos disponíveis em sua agenda corrida de atividades na área comercial, porém, isso não impediu que ele tivesse uma atuação impecável como guia naquela noite. Depois de passarmos pelas famosas Chinatown e Khao San Road, Murilo nos levaria até o Sky Bar Sirocco, no entanto, um problema na nossa vestimenta acabou impedindo e, rapidamente, nosso guia substituiu esse rooftop por um outro ainda melhor, o Red Sky.
Nossa próxima parada foi com o Bunleap, ou Zé, como ele ficou conhecido posteriormente ao nosso encontro em Siam Reap, no Camboja. Além de dar uma aula de posicionamento de marca pessoal em um ambiente bastante competitivo como o de guias de turismo em Siam Reap, o cambojano executou com perfeição um roteiro de um dia para o Angkor Wat, o maior templo religioso do mundo, iniciando na madrugada, para incluir o nascer do sol no passeio e para evitar o calor da tarde, e com um veículo tuk tuk, com motorista incluso no seu tour. Ele só precisou se preocupar em contar as histórias deste lugar tão impressionante.
Em Singapura, foi a vez de encontrar a Ingrid, uma brasileira expatriada com a família e a mais “local” dos guias que encontramos nesse período todo, no sentido de que o turismo não é a sua atividade principal. Ela mostrou toda uma empatia com nossas solicitações de evitar alguns dos lugares mais badalados que iríamos sozinhos para nos mostrar uma realidade mais local dos bairros étnicos da cidade. Essa é uma das qualidades mais importantes que aprendemos a avaliar num guia, sua capacidade de adaptar o roteiro para as necessidades dos clientes.
Encontramos também o Mário, um balinês que foi mais um guia local asiático que aprendeu a falar português (e espanhol) de maneira autônoma para se posicionar no mercado de turismo em Bali, na Indonésia. Seu tour de automóvel pela parte mais interior da ilha, longe das praias, mostrou para nós o que a selva e a floresta da região possuem, qual o modo de vida e pregação dos hindus-balinistas. Ao longo de todo dia e de suas parcerias em todos os pontos turísticos de Bali, foi possível perceber quanto valor há em um guia experiente e bem conectado. Aquela foto famosa do Instagram fica mais fácil, o guarda-chuva emprestado chega bem na hora da chuva e até palavra-chave para barganha em indonésio você aprende.
No próximo texto, falaremos de mais alguns guias em algumas das cidades mais turísticas da Europa. Fique de olho no blog da iFriend!
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