A iFriend iniciou seu projeto Free Walking Tours no Rio de Janeiro em parceria com a Embratur no último dia 5 de fevereiro e o local escolhido para abrir os trabalhos foi a Rocinha, maior favela do Rio e segunda maior da América Latina. Os passeios a pé gratuitos, liderados por guias de turismo, estão sendo oferecidos pela startup durante os meses de fevereiro e março deste ano nos idiomas português e inglês, tanto para turistas quanto para moradores da capital fluminense. Além da Rocinha, os passeios acontecem no bairro de Santa Teresa e no Centro Histórico.
Conhecendo a Rocinha
Tudo começa no asfalto, no bairro adjacente de São Conrado, na zona sul da cidade, onde os participantes do tour se encontram com o guia de turismo Alessandro Quintanilha, responsável por conduzi-los durante a atividade. Alessandro é morador da comunidade do Vidigal, mas conhece a Rocinha como a palma da mão.
Aos pés da favela, as milhares de casas e prédios emaranhados morro acima e para todos os lados chamam a atenção, especialmente de quem nunca passou por ali.
Para subir suas ladeiras, os excursionistas embarcam em mototáxis estacionados nos acessos à comunidade (visitantes pagam R$ 10; moradores pagam R$ 5) — uma das partes do passeio que eles mais gostam. Depois da subida de moto, o percurso é todo feito a pé para que os visitantes conheçam de perto os becos, lajes e casas.

Destaques na favela-vitrine do Rio
O tour inclui caminhada pela estreitas vielas, arte de rua estampada nos muros, história da favela do início até os dias atuais, curiosidades, vistas panorâmicas da cidade e uma visita ao Mirante da Rocinha, um bar e restaurante que se tornou ponto turístico do Rio, de onde o turista tem uma vista privilegiada das milhares de casas da comunidade e de exuberantes cartões-postais cariocas.
O passeio acontece em grupos de até 20 pessoas e dá aos participantes um ângulo diferente da cidade. A favela-vitrine do Rio, que aguça a curiosidade de turistas do mundo inteiro, costuma surpreender com o clima de paz entre os moradores, as vielas íngremes e coloridas, o ritmo agitado de funcionamento dos estabelecimentos e o contraste na paisagem vista de cima causado pela proximidade entre as casonas de luxo da região nobre e as residências da comunidade.
Olhando de fora, a Rocinha é gigante. De dentro, também. A favela carioca, que foi transformada em bairro em 1993, abriga postos de saúde, escolas, bancos, supermercados e grande variedade de comércio, uma super estrutura para os moradores e também para os turistas que podem experimentar os diversos tipos de culinária presentes nos restaurantes e comprar souvenirs nas lojas, por exemplo.
O turismo na Rocinha aumentou a partir de 2012, com a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Hoje, a comunidade recebe cerca de 3 mil turistas por mês — a maioria estrangeiros que querem tirar as próprias convicções do que de fato é a favela.

Duas horas depois o Free Walking Tour chega ao fim. A descida a pé para conhecer cada canto possível é prazerosa e o tempo passa despercebido. O passeio gratuito guiado na Rocinha é de verdade uma baita experiência. Vale muito a pena para conhecer a vivência na comunidade sob o olhar de um guia local e desconstruir a visão que temos a partir da mídia.
Gostou da notícia? Você também pode fazer um Free Walking Tour na Rocinha.
Faça seu agendamento aqui totalmente gratuito.
Passeio realizado às segundas-feiras I 10h e 14h.
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