Jerusalém é conhecida mundialmente como a Terra Santa. A capital de Israel é disputada por três grandes religiões – Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. A Cidade da Paz, Cidade Perfeita, a Al-Quds, Sagrada dos árabes, são algumas das traduções para o nome Jerusalém, que anualmente traz 800 mil visitantes por ano.
Durante a sua longa história, Jerusalém foi destruída pelo menos duas vezes, sitiada 23 vezes, 52 vezes atacada e outras 44 vezes, capturada e recapturada – a Cidade Sagrada se tornou a Jerusalém moderna e cresceu para muito além dos limites da Cidade Antiga.
O que fazer em Jerusalém
Uma verdadeira viagem ao passado
Jerusalém tem 800 mil habitantes. O dia nasce suave em Jerusalém: você pode sentir o silêncio celestial do Monte das Oliveiras. Por volta das 8 da manha, o trânsito assume o controle da cidade. Mas você ainda pode ouvir os chamados dos muezzins e os cânticos de judaicos do Muro Ocidental.
Do aeroporto internacional Ben-Gurion, as melhores opções para chegar em Jerusalém são o táxi ou vans chamadas Egged Bus (www.egged.co.il), que partem do segundo andar, na plataforma próxima aos portões 21 e 23.
A Cidade Velha, dividida entre os bairros judeu, árabe, cristão e armênio, concentra a maior parte das atrações – quase todas religiosas. Você pode encontrar bons hotéis, restaurantes e bares por lá.
A noite fria da cidade da Paz dá lugar aos tons pasteis suaves no céu azul e o sol doura o Domo da Rocha e as grandes muralhas da Cidade Velha. Os mercados estão lotados de passantes e turistas; orações e cânticos na Via Crucis e na Igreja do Santo Sepulcro pelos cristãos. Do lado de fora do Portão de Jafta, todos parecem se entender: árabes, judeus e cristãos se cumprimentam e se respeitam mutuamente.
Dicas importantes ao viajar para Jerusalém
- Antes de pensar em viajar para Jerusalém mantenha seu passaporte atualizado. Os passaportes novos são providos de um chip que tornará fácil todo o processo de check-in, evitando um desgaste desnecessário nas longas filas da alfândega.
- Quando chegar ao aeroporto, dirija-se até ao terminal de autoatendimento numa máquina especial para a emissão do cartão/visto.
- O único aeroporto internacional de Israel é o Ben Gurion, próximo a Tel Aviv / Jaffa – a segurança nesse aeroporto é reforçada e muito severa. Aconselhamos que você tenha paciência e responda todas as questões das autoridades caso seja selecionado para inspeção.
- Procure respeitar as 3 horas de antecedência ao embarque, sugeridas em voos internacionais. Leve o mínimo necessário na bagagem de mão e tenha paciência para esperar tudo ser minuciosamente revistado.
- No geral, Israel é um país bastante aberto e muito próximo à cultura europeia em comportamento e modo de se vestir não há muitas restrições, mas considere trajes mais reservados quando se dirigir a Jerusalém e outras cidades religiosas. Ombros e pernas cobertos. Saias e calças largas para mulheres – o uso do lenço na cabeça é de bom tom. Os homens devem usar calças e manter os ombros cobertos. Em alguns lugares é obrigatório o uso do Qipá (aquele adereço que os homens judeus utilizam)
- Atenção aos shabats e feriados – Israel tem uma cultura muito diferente da nossa e lá os shabats: sábados, domingos e feriados são considerados dias de descanso e inatividade.
- Aos sábados, o transporte público e os taxis não operam com normalidade. O Shabat é tradicional e quase ninguém trabalha, o mesmo ocorre para os feriados religiosos.
- Fique atento e confira os feriados mais importantes no site Super Coloring.
Veja também: O que fazer em Jerusalém?
Destaques
Jesus passou por aqui | Os pratos típicos | História e arqueologia |
Jerusalém tem paisagens maravilhosas, templos, caminhos e pontos históricos. Jesus passou por aqui e deixou seu legado de fé a toda humanidade há 2000 anos. Hoje, o turismo religioso traz milhões de visitantes ano a ano na Terra Santa. | Os pratos mais conhecidos da gastronomia do Oriente Médio, tão apreciados pelos brasileiros estão presentes em qualquer restaurante de Jerusalém. São pratos famosos como quibe, tabule, merche, hommus tahine, Falafel, entre outras delícias. | Além do turismo religioso, o turismo cultural é outra atração de Jerusalém. Os lugares históricos, templos e sítios arqueológicos são um verdadeiro convite a desbravar as paisagens históricas milenares. |
Quando visitar Jerusalém
Quando visitar Jerusalém? de preferência, no verão e na primavera!
Dê preferência no verão – entre os meses de Junho e Agosto – apesar de serem muito quentes e abafados é a melhor época para visitar as principais atrações. Aproveite essa ocasião para visitar e fazer os principais passeios nas cidades históricas do entorno de Jerusalém e obter os melhores registros.
O inverno costuma ser úmido e com temperaturas amenas. Apesar da pequena extensão, Israel tem uma geografia local muito rica e contribui para as grandes variações climáticas = o que no verão proporciona altas temperaturas nas praias e desertos e, no inverno montes cobertos de neve.
Dica Importante: O visitante também deverá ter em mente que Israel é cercado de tradições religiosas: deve ter atenção às datas comemorativas que podem aumentar consideravelmente o número de visitantes nos pontos turísticos e influenciar os preços de hotéis e passeios.
Alta temporada:
- Prós: Pontos turísticos movimentados, muitos turistas; maior variedade de passeios.
- Contras: Lugares turísticos e hotéis lotados, os ingressos para as atrações se esgotam mais rapidamente. Há um fluxo imenso de pessoas querendo fotografar os pontos turísticos e talvez você não se sinta muito à vontade.
Baixa temporada:
- Prós: Os passeios não terão muitas pessoas, o que é bom para quem quer aproveitar o momento mais intimista. Sobra espaço nos parques e nas atrações turísticas. Espere um excelente atendimento em bares e restaurantes. Você poderá desfrutar dos pontos turísticos e naturais com calma, sem tanta aglomeração de pessoas. Os valores tendem a ser mais atrativos em pousadas e hotéis e o atendimento mais personalizado.
- Contras: Pode haver poucos eventos. Alguns pontos turísticos podem estar em manutenção, então, não fique chateado e aproveite o melhor da cidade.
Veja também: Quando visitar Jerusalém.
Gastronomia e o que comer em Jerusalém
Delicie-se com os sabores de Jerusalém
A gastronomia de Jerusalém nos é muito familiar – aqueles pratos árabes que sempre degustamos com prazer são a gastronomia básica de Jerusalém. São pratos conhecidos em todo Oriente Médio como a pasta de hommus, o tahine, tabule entre outras delícias.
Falafel é o prato nacional de Israel e se você é fã desses famosos bolinhos de grão de bico, vai ficar muito satisfeito.
A combinação básica de grão de bico, tahini, alho e limão é extremamente saborosa – o famoso Hommus tahine – mas existem muitas variações o prato que convém você provar in loco. Alguns incluem cominho , muitos são polvilhados com sumagre e outros são cobertos com pinhões; tem até hummus com carne moída frita por cima.
Destaque especial para o Burika – um lanche de rua que simplesmente não pode ser esquecido. Um crepe fino e saboroso, recheado com purê de batata e ovo antes de ser frito até ficar crocante. Em seguida, é recheado dentro de uma pitta com molho picante e salada, para ser comido enquanto você caminha pelos mercados, o verdadeiro must também preparado na versão vegana.
E você confere a gastronomia de Jerusalém nos restaurantes que selecionamos:
Restaurantes em Jerusalém
- Azura – Ha-Eshkol St 4 (cozinha oriente médio)
- Jachnum Bar – HaEgoz St 30 (cozinha típica)
- Machneyhuda – Beit Ya’akov St 10 (cozinha típica)
- Ben Sirá Hommus – Ben Sira St 3. (cozinha típica)
- Tala Hummus e Falafel – Shlomo ha-Melekh St 3-7. (cozinha típica)
- The Eucalyptus – Felt St 14. (cozinha típica)
- Pergamon restaurant – Heleni ha-Malka St 7 (cozinha mediterrânea)
- Aricha Sabich – Agripas St 83 (cozinha Kosher)
- Ishtabach – Beit Ya’akov St 1(cozinha Kosher)
- Nagila – Mashiach Borochof 5 (at, Agripas St) (vegano)
- Crave Gourmet Street Food – Ha-Shikma St 1 (carnes)
- Focaccia bar – 4 94582, Rabbi Akiva St (italiano)
Veja também: Gastronomia e o que comer em Jerusalém
Pontos Turísticos de Jerusalém
Surpreendente, milenar, Jerusalém é espetacular!
Os pontos turísticos de Jerusalém marcam o encontro com a ancestralidade e a religiosidade. 4000 anos de pura história, nas estradas por onde tantos personagens bíblicos passaram. Você se sentirá um viajante da história em tantos caminhos.
- Monte do Templo
- Santo Sepulcro
- Muro das lamentações
- Monte das Oliveiras
- Cúpula da Rocha
- Basílica da Natividade
- Torre de Davi
Monte do Templo
Har Ha-Bayit também chamado Nobre Santuário pelos muçulmanos, é um lugar sagrado para judeus, cristãos e muçulmanos, sendo um dos locais mais disputados do mundo. Na Esplanada das Mesquitas, na Cidade Velha, são encontradas a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha, construídos no século VII e que estão entre as mais antigas estruturas do mundo muçulmano.
Mesquita de Al-Aqsa
A maior mesquita de Jerusalém tem capacidade para receber cerca de cinco mil pessoas. Segundo uma passagem do Alcorão, na qual se descreve uma viagem noturna do profeta Muhammad (Maomé) desde Meca à “mesquita distante” (al-masjid al-aqsa). A viagem é conhecida como Isra e, apesar de não ter sido mencionada no Alcorão o nome de Jerusalém, as tradições islâmicas posteriores identificaram o local como o Monte do Templo em Jerusalém. Anualmente muitos muçulmanos fazem essa viagem histórica, cheia de significado.
Domo da Rocha
O santuário é parte integrante do centro histórico de Jerusalém, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Um templo construído onde teria sido o altar de sacrifícios usado por Abraão, Jacó e outros profetas que introduziram o ritual nos cultos judaicos. David e Salomão também consideraram o local sagrado, mais tarde enquanto altar, a Cúpula da Rocha teria sido o lugar de partida da Al Miraaj.
Igreja do Santo Sepulcro
A Basílica do Santo Sepulcro é um templo cristão onde segundo o evangelho de João (19:41-42) Jesus teria sido crucificado, sepultado e, ao terceiro dia, teria ressuscitado. O templo é administrado e repartido entre as igrejas Católica Romana, Católica Ortodoxa, Armena, Ortodoxa Copta, Ortodoxa Siríaca e a Igreja Ortodoxa Etíope, constitui um dos locais mais sagrados do mundo.
Muro das lamentações
Um dos lugares mais sagrados para o povo judeu é o Muro das Lamentações de Jerusalém. O Qotel HaMa’aravi foi erigido no único vestígio do antigo Templo de Herodes, erguido por Herodes, o Grande, no lugar do Templo de Jerusalém inicial. O que antes era apenas o muro de arrimo que servia de sustentação para uma das paredes do edifício principal, hoje é o principal ponto de visitação anual dos judeus. O Muro das Lamentações é um lugar para orar e depositar seus desejos por escrito há milênios. O último pedaço do Templo de Salomão pelos lados sul e leste. Além disso, o muro é o lugar mais próximo do sancta sanctorum ou lugar “sagrado entre os sagrados” (1 Reis 8:6-8).
Monte das Oliveiras
Para os judeus Har HaZeitim é um monte situado a leste da Cidade Antiga de Jerusalém, em Israel. O Monte das Oliveiras é sagrado para judeus, cristãos e muçulmanos entre outras religiões monoteístas. Jesus teria transmitido ali alguns de seus ensinamentos (o Sermão da Montanha, Atos 1:12). No Monte das Oliveiras está situado o Jardim do Getsêmani (local da angústia de Jesus, dias antes de ser julgado e crucificado). O cemitério mais antigo de Jerusalém bet kevarot (lugar dos sepulcros) com mais de 3000 anos e mais de 150mil sepulturas.
Tumba do Jardim
Um túmulo talhado na rocha onde se acredita que Jesus tenha sido sepultado antes da ressurreição. Tumba do Jardim é situada numa escarpa rochosa que, desde meados do século XIX, tem sido proposta por alguns estudiosos como sendoGólgota, o monte no qual Jesus teria sido crucificado. Desde 1894, a Tumba do Jardim e seus jardins circundantes são mantidos como um lugar de culto e reflexão cristã.
Torre de Davi
Migdal David para os judeus, uma antiga cidadela localizada próxima à entrada do Portão de Jafa, na Cidade Velha de Jerusalém. Essa fortificação é datada do século 2 dC e contém achados arqueológicos importantes datados de 2700 anos. Uma área popular para eventos, apresentações, concertos e performances de luz e som.
Veja também: Pontos turísticos em Jerusalém
Passeios em Jerusalém
Prepare-se para muitas emoções nos Passeios em Jerusalém!
Primeiro dia
Tour histórico e religioso por Jerusalém
O tour histórico e religioso começa pela cidade de Jerusalém, no Monte das Oliveiras: solo sagrado com 4.000 anos de história, mergulhando em relatos bíblicos que de alguma forma estão presentes em nossas memórias. Neste lugar você conhecerá melhor sobre a história do povo judeu, desde a época de Abraão até o moderno estado de Israel.
Ao descer do monte, caminhando pelo Getsemani, local da agonia de Jesus, suas lindas igrejas, e Oliveiras de 2.000 anos.
Um momento de meditação na trilha sagrada da “Via Dolorosa”, com suas ruínas históricas, sensações milenares do mosaico cultural de Jerusalém, até a basílica do Santo Sepulcro, o lugar de fé mais visitado, por pessoas do mundo inteiro.
A Torre de David, o bairro judeu, o bairro armênio, o Cenáculo, onde aconteceu a última ceia, a importantíssima Porta de Sião, que conta a história dos judeus na Cidade Santa. O passeio termina no Muro das lamentações, com parte da esplanada do templo do primeiro século, construído por Herodes – o Grande, ainda conservada.
Monte das Oliveiras, Getsemani, Tanque de Betesda, Via Dolorosa, Santo Sepulcro, Calvário, bairro judaico, Monte Sião, Cenáculo, Torre de David, Bairro Armênio e Muro das Lamentações.
Segundo dia
Nas pegadas de Jesus
Um dia para muitas reflexões em Jerusalém: comece seu passeio por um tour no Monte das Oliveiras, visitando o local da Ascensão e a Igreja do Patre Nostre, construída por Constantino o Grande, uma basílica do século IV, construída no topo do monte, para marcar a Ascensão de Jesus Cristo. A igreja abriga dezenas e dezenas de painéis, cada um reproduzindo o Pai Nosso em 123 idiomas diferentes. Após uma visão da Velha e da Nova Jerusalém, incluindo o Monte do Templo, entre na Igreja Dominus Flevit, erigida no local onde Jesus teria chorado e se lamentado ao prever a destruição de Jerusalém.
Ao pé do Monte entre também na Igreja de Todas as Nações no Jardim do Getsêmani, o local da captura de Jesus pelos romanos. Antes de subir à Cidade Velha e entrar pelo Portão do Leão, percorra o Vale do Cédron e visite o cemitério judeu de três mil anos no Monte das Oliveiras, com os sepulcros monumentais localizados em sua base.
Terceiro dia
Refúgio da fé
Visite o Muro das Lamentações (e túneis, com agendada), o Santo Sepulcro e o mercado árabe – prove dos temperos, iguarias e viva os costumes dessa cidade sagrada.
Aproveite para registar momentos de fé e de como a cultura ancestral está viva em cada rua e monumento. Observe o povo, suas orações e crenças. Respeite. Inspire-se.
Como último ponto turístico entre no Convento das Irmãs de Sião, localizado no final da Via Dolorosa. Debaixo do convento, nas calçadas de pedra antigas, você poderá ver entalhes gravados nas pedras usadas pelos soldados romanos para jogos.
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Roteiro mais dias
Você ficará impressionado com tudo que Jerusalém tem a oferecer! Mas não deixe de conhecer as cidades vizinhas como Belém e TelAviv.
Conheça as praias do Mar Mediterrâneo, em TelAviv – com 14 km de faixa de areia para todos os tipos de público. O icônico Mar Morto tem águas com altos níveis de salinidade, perfeitas para momentos relaxantes e divertidos, como em Kalia Beach – essa praia fica no extremo norte do Mar Morto, por isso mais próxima a Jerusalém, a apenas 46km de distância.
Para uma experiência única, faça uma parada em um kibutz. Ein Gedi, um oásis natural nas encostas do deserto da Judéia, caminhe na reserva natural, aproveite as cachoeiras e piscinas em cascata sobre as formações rochosas.
Veja mais: Passeios em Jerusalém
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- Sérgio – O Sérgio é guia brasileiro licenciado pelo Ministério do Turismo de Israel a mais de 10 anos. Um apaixonado por Israel e profundo conhecedor da Cultura Judaica e história de Israel tem roteiros personalizados para grupos e famílias.
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